Você já se viu pensando em frequentar a terapia, mas ficou na dúvida sobre como exatamente um psicólogo pode te ajudar? Ou nem buscou ajuda por receio de não saber o que falar?
É comum que algumas pessoas tenham mais dificuldade que as outras em se abrir diante de “estranhos”. Esse é um dos motivos pelos quais a terapia acaba não sendo prioridade para todas as pessoas. Mas esse processo pode ser mais fácil do que você imagina!
Nesta leitura, você vai entender como a Psicologia pode nos oferecer ótimas ferramentas para lidar com os desafios da vida, desmistificar algumas crenças sobre psicólogos e psiquiatras e entender quando é necessário ter novos aliados ao tratamento.
Quando a pessoa deve procurar um psicólogo?
Apenas 5,1% dos brasileiros fazem terapia para lidar com questões de saúde mental. Alguns até tentam, mas não dão continuidade. 19% passaram por um psicólogo ou psiquiatra no último ano, mas não foram além de cinco sessões, segundo o Panorama da Saúde Mental, realizado pelo Instituto Cactus e AtlasIntel.
Sabemos o quanto pode ser desafiador dar este primeiro passo, mas um psicólogo deve ser procurado quando você tiver sintomas de medo, tristeza, ansiedade, estresse, depressão, raiva, angústia, desânimo e procrastinação começarem a ser constantes em sua vida.
Um psicólogo também deve ser buscado quando sentir dificuldade de resolver problemas na carreira ou em relacionamentos, quando há o desejo do autoconhecimento ou a existência de uma questão pessoal, por exemplo, o porquê de nunca conseguir dizer “não”.
Você se identificou com alguma destas situações?
Algumas pessoas acreditam que a terapia é apenas uma sessão de desabafo. Por isso, podem acabar pensando que é a mesma coisa que conversar com um ente querido ou um amigo.
Porém, essa ideia é facilmente refutada se você entender quais os reais benefícios de ir ao psicólogo. Confira a seguir.
Como um psicólogo pode me ajudar? Quais são os benefícios?
Ir ao psicólogo pode trazer uma série de benefícios significativos para o bem-estar emocional, mental e até mesmo físico de uma pessoa. Aqui estão alguns dos principais:
1. Superação dos traumas
A terapia proporciona um ambiente seguro para que os pacientes conversem, tratem e superem traumas passados, utilizando técnicas especializadas.
Ao longo do processo terapêutico, os pacientes podem experimentar uma redução significativa nos sintomas relacionados ao trauma, como flashbacks, pesadelos e ansiedade, e gradualmente reconstruir um senso de segurança e controle sobre suas vidas.
2. Alívio do estresse
A terapia é um lugar onde os pacientes podem se expressar e explorar possíveis origens de estresse, enquanto aprendem estratégias eficazes de enfrentamento.
Quando o assunto é estresse, pode até parecer óbvio o que pode causá-lo. No entanto, algumas situações já estão tão enraizadas em nosso cotidiano, que pode ser difícil identificar por si só.
Porém, quando você tem o auxílio de um profissional, passa a viver a vida com mais qualidade e controle. E, mesmo que se estresse, terá ferramentas para não deixar que ele se transforme em queixas físicas no seu corpo.
💡Você sabia? Viver sob situações de estresse constantes pode desencadear ansiedade, depressão, síndrome do pânico e distúrbios gástricos, podendo progredir para um câncer. Fonte: Hospital Badim
3. Autocontrole
Ter controle das próprias reações é uma virtude que poucos possuem. É fato que em alguns momentos, o nervosismo fala mais alto e é perfeitamente normal.
Porém, quando ele ultrapassa limites até em situações mais simples, é hora de repensar a necessidade da terapia. Nas sessões, você terá acesso a ferramentas que o ajudarão a controlar melhor suas reações.
4. Desenvolvimento das habilidades
Ao longo do processo terapêutico, os pacientes não apenas desenvolvem habilidades práticas, mas também aumentam sua autoconfiança e autoestima, capacitando-se para enfrentar os desafios da vida com mais resiliência.
Por exemplo, pacientes que ‘travam’ em momentos importantes, vão conseguir entender as possíveis razões para esse comportamento e ressignificar as situações para que elas não exerçam mais controle sobre suas vidas.
5. Autoconhecimento
Você sabe quais tipos de atividades gosta ou não de realizar, certo? Mas, quando falamos em comportamentos, a maioria ainda não consegue entender porque fazem o que fazem.
Na terapia, os pacientes são incentivados a explorar suas emoções, pensamentos e comportamentos de forma bastante reflexiva. Durante as sessões, os pacientes têm a oportunidade de examinar suas experiências de vida, crenças limitantes e padrões de relacionamento, tendo uma compreensão mais profunda de si mesmos.
6. Ferramentas para lidar com a ansiedade e depressão
A terapia oferece uma variedade de ferramentas e técnicas eficazes para ajudar os indivíduos a lidar com a ansiedade e a depressão.
Durante as sessões, os pacientes aprendem estratégias práticas, como técnicas de respiração, mindfullness, relaxamento muscular progressivo e reestruturação cognitiva, projetadas para reduzir a intensidade dos sintomas e promover um maior controle sobre os pensamentos e emoções negativas.
Ao longo das sessões, os pacientes ganham confiança em sua capacidade de lidar com os sintomas, o que vai proporcioná-los um bem-estar geral.
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7. Melhora nos relacionamentos interpessoais
Através do diálogo aberto e da orientação do psicólogo, os pacientes podem desenvolver habilidades de escuta ativa, empatia e comunicação assertiva, permitindo uma maior compreensão e conexão com os outros.
Além disso, a terapia proporciona um espaço seguro para explorar questões não resolvidas e ressentimentos que possam estar afetando os relacionamentos Como resultado, os pacientes podem superar mágoas passadas e fortalecer laços interpessoais.
8. Gerenciamento de doenças crônicas
A terapia pode ajudar a lidar com doenças crônicas?
Sim, a educação também é uma parte essencial do tratamento de doenças crônicas. A terapia ajuda o paciente a adquirir uma melhor compreensão da condição e de suas implicações, e isso pode capacitá-lo a se tornar mais ativo no gerenciamento de sua própria saúde.
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9. Tratamento de problemas de saúde mental
Além da depressão e ansiedade, a terapia é benéfica para condições como transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), transtorno bipolar, entre outros.
O objetivo final do tratamento é capacitar os pacientes a viverem vidas mais saudáveis e satisfatórias, com maior autonomia e força para lidar com os desafios da saúde mental.
Por vezes, somente o psicólogo não é o suficiente para tratar de alguns transtornos. E é então que entra o psiquiatra. E sim, o psiquiatra está longe de ser o profissional que trata apenas doenças mais severas como a esquizofrenia.
Sendo assim, fica a pergunta: quais as principais diferenças entre eles. Será que se complementam? Como um psiquiatra pode ajudar?
Quais as diferenças entre psicólogo e psiquiatra? Como ele pode me ajudar?
Embora os psicólogos e psiquiatras trabalhem no campo da saúde mental, há diferenças bem marcantes em suas formações, abordagens de tratamento e funções. Aqui estão as principais:
1. Formação
Psicólogos: possuem formação em Psicologia e mestrado ou doutorado em Psicologia Clínica, aconselhamento ou áreas relacionadas. Eles recebem treinamento em avaliação psicológica, diagnóstico e terapia.
Psiquiatras: são médicos que passaram pela faculdade de Medicina e depois fizeram uma residência em Psiquiatria. Eles têm um conhecimento profundo da biologia do cérebro e do corpo, bem como do uso de medicamentos para tratar condições psiquiátricas.
2. Abordagem de tratamento
Psicólogos: geralmente utilizam uma variedade de abordagens terapêuticas, como terapia cognitivo-comportamental (TCC), Psicanálise, entre outras. Eles se concentram em promover mudanças nos pensamentos, emoções e comportamentos dos pacientes.
Psiquiatras: têm a capacidade de prescrever e gerenciar medicamentos psicotrópicos para tratar condições psiquiátricas, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia, entre outras.
3. Foco do tratamento
Psicólogos: ajudam os pacientes a entender e lidar com questões emocionais, comportamentais e relacionais. Eles trabalham para promover o autoconhecimento, a mudança de comportamento e o desenvolvimento de habilidades de enfrentamento.
Psiquiatras: atuam no diagnóstico, tratamento e administração de medicamentos psiquiátricos. Eles estão mais envolvidos no tratamento de sintomas específicos, como aliviar a ansiedade com medicamentos ansiolíticos ou estabilizar o humor com medicamentos para transtorno bipolar.
4. Terapias alternativas
Psicólogos: esses profissionais podem sugerir abordagens e métodos alternativos, porém sempre no campo das terapias. Por exemplo, se um paciente realiza sessões de Psicologia Humanista e no decorrer do tratamento deseja investigar um trauma, o psicólogo pode indicar que ele faça a Psicanálise ou Hipnose.
Psiquiatras: eles podem trabalhar a combinação de terapias e medicamentos para que o paciente se sinta bem e também consiga lidar com seus desafios até que seja possível o desmame destes medicamentos.
Além disso, eles podem lidar com terapias alternativas como o uso do canabidiol, que vem sendo estudado desde 1980, com aprovação desde 2019 no Brasil, pela Anvisa.
Ambos os profissionais são extremamente úteis, dependendo das necessidades individuais do paciente.
Enquanto os psicólogos oferecem suporte terapêutico e aconselhamento, os psiquiatras são especializados em tratamento medicamentoso e gerenciamento de condições psiquiátricas complexas.
A terapia como aliada do seu bem-estar
Quando você estiver enfrentando desafios que possam afetar sua saúde mental e tiver dúvidas sobre como um psicólogo pode ajudá-lo, lembre-se dos nossos direcionamentos: você deve buscar este profissional quando enfrentar desafios, condições médicas, sentimentos conflitantes, questões pessoais, entre outros.
Contar com um profissional que ajude a promover seu bem-estar emocional, mental e social enquanto lidar com suas questões é essencial, principalmente, porque sem esse equilíbrio, muitas áreas de sua vida podem ser prejudicadas.
Independente do que você esteja enfrentando, você não está sozinho! Conte com a weedmed para ajudá-lo a alcançar o seu pleno potencial de bem-estar por meio do tratamento complementar com canabidiol.
REFERÊNCIAS
Khan, R., Naveed, S., Mian, N. et al. The therapeutic role of Cannabidiol in mental health: a systematic review. J Cannabis Res 2, 2 (2020). https://doi.org/10.1186/s42238-019-0012-y